terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A música Serataneja está de luto...

O cantor Pena Branca, da dupla sertaneja Pena Branca e Xavantinho, morreu ontem à noite (8) em São Paulo. O sertanejo, de 70 anos, passou mal em casa, no bairro do Jaçanã, zona Norte da capital paulista. Pena Branca teve um infarto e foi levado para o hospital, mas não resistiu.

Pena Branca era casado e não teve filhos. A pedido da viúva, ele será enterrado em São Paulo. O velório e o sepultamento serão realizados no cemitério Parque dos Pinheiros, em Jaçanã. O corpo de Pena Branca será enterrado às 17h.

História

A dupla sertaneja formada pelos irmãos José Ramiro Sobrinho, o Pena Branca (nascido em Igarapava, interior de São Paulo em 1939 e criado em Uberlândia) e Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho (nascido em Uberlândia em 1942), começou a cantar em 1962, e, em 1968, mudaram-se para São Paulo para tentar a vida artística.

Em 1980, se inscreveram no "Festival MPB Shell", com a música "Que terreiro é esse?", de Xavantinho, que foi classificada para a final. No mesmo ano, a dupla lançou o seu primeiro LP: "Velha morada", com destaque para "Cio da terra" (Milton Nascimento e Chico Buarque) e "Velha morada" (Xavantinho).

Em 1982, lançaram o LP "Uma dupla brasileira", produzido por Boldrin, com os destaques "Memória de carreiro" (Juraildes da Cruz) e "Rama da mandioquinha" (Elpídio dos Santos). Em 1987 lançaram o LP "O cio da terra", com participação de Milton Nascimento, Marcus Viana e Tavinho Moura. Em 1988 lançaram o LP "Canto violeiro", com participação de Fagner, Tião Carreiro, Almir Sater e outros, contendo "Mulheres da terra" (Xavantinho e Moniz).

Ganharam, em 1990, o Prêmio Sharp de melhor música (Casa de barro, de Xavantinho e Moniz) e melhor disco (Cantado do mundo afora). Em 1992, CDs Renato Teixeira e Pena Branca e Xavantinho – Ao vivo em Tatuí , recebeu o Prêmio Sharp de melhor disco e o Prêmio APCA. Gravaram, em 1993, "Violas e canções", destacando-se "Viola quebrada" (Mário de Andrade).

Lançaram ainda "Ribeirão encheu", em 1995, com "Luar do sertão" (João Pernambuco e Catullo da Paixão Cearense), e "Pingo d`água", em 1996, com "Tristeza do jeca" (Angelino de Oliveira) e "Flor do cafezal" (Luís Carlos Paraná).

A dupla encerrou sua carreira em outubro de 1999, com a morte de Xavantinho. Pena Branca continuou em carreira solo.